O desafio de se combater o alto índice de depressão e ansiedade no Brasil

O desafio de se combater o alto índice de depressão e ansiedade no Brasil

Por Emily Alves Queiroz (Estudante)

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, ao observar o comportamento social brasileiro ao lidar com a depressão e ansiedade, verifica-se que o ideal iluminista é constatado exclusivamente na teoria. Sob esse viés, é indispensável averiguar dois aspectos: a negligência governamental e o silenciamento social.
Em primeiro lugar, é imperioso pontuar que o filme “Coringa” reflete as consequências da falta de suporte psicológico por parte do Estado. O ponto principal do drama se dá no momento em que a Poder Público se nega a providenciar um tratamento psíquico para o protagonista, o que aumenta os distúrbios mentais do indivíduo. Fora da ficção, percebe-se que a indiferença do governo ao tratar com a temática, provoca consequências semelhantes ao da obra cinematográfica.
Além disso, cabe ressaltar ainda que o silenciamento social e intrafamiliar é um fator determinante para a persistência da ansiedade e da depressão. Nesse sentido, a psicóloga Anita Bocallar ao afirmar que “O suicídio não é uma opção porque a pessoa é forte ou fraca, mas sim uma ação de desespero”, refere-se ao ato de silenciar o potencial suicida e ignorar os sinais de uma pessoa pedindo ajuda, resultando em um aumento nos sintomas psicossomáticos e na elevação doe índice de doenças mentais.
Entende-se, diante do exposto, a real necessidade que o Estado crie ações governamentais que influenciem na diminuição do alto índice de ansiedade e depressão no Brasil. Para isso, é dever do Ministério da Saúde investir em projetos que forneçam tratamentos psíquicos nas unidades básicas de saúde. Ademais, é função indispensável das mídias divulgarem campanhas que demonstrem suporte emocional aos indivíduos com psicopatologias. Dessa forma, elevados casos de doenças mentais e suicídio serão amenizados no século XXI.

* Texto produzido na Oficina de Redação do Professor José Roberto Duarte