Impactos da ausência do saneamento básico na vida escolar das crianças e adolescentes

Impactos da ausência do saneamento básico na vida escolar das crianças e adolescentes

Vanessa Lacerda (Fisioterapeuta e pré-universitária)

A falta de saneamento básico no país é um percalço grave e antigo. É lamentável a realidade diária de inúmeras famílias que são obrigadas a conviver com esgotos a céu aberto. As crianças em especial são expostas a inúmeras doenças, impactando negativamente em seus cotidianos, inclusive na vida escolar.

Sob esse viés, o escritor britânico Oscar Wilde afirma que: “A insatisfação é o primeiro passo para o progresso de um homem ou de uma nação”. Nessa perspectiva, faz-se essencial que as comunidades mais afetadas pela má distribuição de água, bem como pela ausência de coleta adequada de lixo, declarem sua insatisfação e solicitem medidas emergenciais aos governantes.

As crianças e os adolescentes são o principal público afetado por doenças relacionadas ao saneamento básico ineficaz, adquirindo diarreia, leptospirose, verminoses, dentre outras patologias. Como consequência, ficam impossibilitadas de frequentarem a escola de forma assídua, atrasando o desempenho educacional.

Destarte, é imprescindível que o Ministério da Saúde, em conjunto com o Ministério da Infraestrutura, direcione verbas específicas para a construção de centros de tratamento de água e esgoto, construção de redes de saneamento adequadas, bem como a criação de projetos educacionais para solução da problemática, com o objetivo de mitigar o enorme impacto negativo ocasionado pelo lixo e esgotos, principalmente no ensino dos jovens.

Ademais, é essencial a existência de parcerias entre o governo e as empresas de construção civil e comerciais, para que através de incentivos fiscais e subsídios, ruas sejam saneadas, lixões sejam reduzidos, com o fito de melhorar a qualidade de vida de tantas pessoas, reduzir inclusive o afastamento escolar de tantos jovens brasileiros, ocasionados por doenças infecto- contagiosas e parasitárias.

*Texto produzido na Oficina de Redação do Professor José Roberto Duarte