Caminhos para a prevenção do suicídio no Brasil

Por Ágatha Mendonça Bezerra (Estudante)

O filme “Por Lugares Incríveis”, lançado em 2020 pela plataforma de streaming Netflix, retrata a jornada difícil de dois adolescentes. Um deles não resiste à pressão causada pelas aversões da vida e acaba se suicidando. Fora da ficção, urge pautar caminhos que previnam os casos de suicídio no Brasil.

A princípio, os comportamentos suicidas dividem-se em três etapas: o pensamento, a tentativa e a consumação do ato, além de que existe o suicídio indireto, no qual, o indivíduo pratica atitudes autodestrutivas propensas à morte. A pessoa que pensa em tirar a própria vida acredita que não há solução melhor para seus problemas além da sua ausência na sociedade. O bullying, a homofobia, o racismo e os diversos transtornos mentais são fatores que contribuem com o pensamento de exclusão social, impulsionando as vítimas desses ataques e transtornos a cometerem suicídio.
Ademais, é necessário atentar aos sinais que indicam pensamentos suicidas, como mudanças repentinas de humor, exclusão social, pavor, desespero e desânimo constante. Esses indícios devem servir de alerta. No entanto, apenas identificar esses sinais não é suficiente, por isso é de suma importância recorrer à ajuda profissional. O apoio familiar é fundamental para inibir essa ideação da morte como solução.

Enfim, o apoio profissional pode ser ofertado por meio do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), com o início de tratamento que mudará essa ideia suicida. Portanto, o acompanhamento psicológico com a família e pessoas próximas é indispensável, visto que são os maiores preceptores da evolução ou regressão da pessoa que sofre com esses pensamentos. A sociedade, por fim, tem como dever compreender os motivos os quais levam a pessoa a chegar nesse estágio, sabendo que esses indivíduos não têm intenção de acabar com a vida deles em si, mas de acabar com a dor que eles sentem. Com apoio e acompanhamento, sentir-se-ão compreendidos e mais confiantes em buscar ajuda.

*Texto produzido na Oficina de Redação do Professor José Roberto Duarte