Por Ana Cristyna Marinheiro (Estudante)
No Brasil, o mês de setembro é dedicado à conscientização e prevenção do suicídio, conhecido como Setembro Amarelo. Essa campanha é uma medida para reduzir o número de casos, que são cada vez mais frequentes na sociedade, devido às doenças mentais entre os jovens, como a depressão e ansiedade, e ao bullying, muito presente nos ambientes escolares.
A adolescência é uma fase marcada por descobertas e transformações, entre elas físicas e mentais. Dessa forma, o jovem se cobra mais diante dos padrões impostos na sociedade, especialmente o público feminino, o que é perceptível pelo vasto campo operacional e a banalização das cirurgias plásticas. Esses padrões de beleza, impostos pela mídia por meios de personalidades como a Barbie, influenciam os jovens a se encaixarem neles, os quais são inatingíveis. Isso resulta em uma não aceitação pessoal e o desenvolvimento de transtornos mentais como a depressão que levam o indivíduo a cometer suicídio.
Além disso, outro fator preocupante para essa fase é o bullying, o qual pode ocorrer tanto verbalmente quanto fisicamente. Por ser muito presente nas escolas, o adolescente se torna ainda mais suscetível aos seus danos, principalmente para a sua saúde mental, também causando doenças psicológicas, as quais podem levar a ideias suicidas. Isso é bem retratado na série estadunidense “13 reasons why”, na vida de Hannah Baker, que cometeu suicídio, pois possuía depressão em decorrência do bullying que sofrera dos colegas.
Em vista disso, urge que as escolas, juntamente com o suporte da família em casa, disponibilizem apoio e acompanhamento psicológico, por meio do acesso a psicólogos e psiquiatras no ambiente escolar, para tratar os transtornos de seus estudantes. Ademais, elas devem criar uma rede de ouvidoria para receber denúncias de vítimas, para serem ajudadas e que a coordenação escolar conscientize os alunos dos riscos de piadas e comentários desnecessários, para que os seus casos diminuam. Assim, com esses caminhos para a prevenção do suicídio se pretende que seus possíveis casos sejam evitados, para que exemplos como o de Hannah parem de acontecer na realidade.
*Texto produzido na Oficina de Redação do Professor José Roberto Duarte