A cultura do cancelamento e sua ditadura

A cultura do cancelamento e sua ditadura

Por Roberto Filho (Estudante)

Os termos ‘cancelado’ e ‘cancelamento’ nunca estiveram tão presentes nas redes sociais, só que com sentidos diferentes do que atribuídos no dicionário da língua portuguesa. Para uma figura pública ou pessoa comum ser cancelada, necessita que alguns defensores radicais dos direitos humanos e do politicamente correto se sintam ofendidos por declarações que nem sempre vêm com o intuito de ofender ou deixar marcas na vida de um algum ser humano.
As pessoas que usam esses tipos de termo quando se sentem “afetadas” são comparáveis à polícia ou força de repressão de um governo autoritário. A ditadura do politicamente correto. Vários influenciadores digitais já sofreram nas mãos do autoritarismo dos tais canceladores. Um exemplo foi do “youtuber” Pedro “Orochi”, quando fez uma crítica ao sistema da indústria musical coreana, sobre como ídolos são fabricados e como alguns sofrem com problemas alimentares e como muitos têm problemas psicológicos graves.
Muitas pessoas perdem carreiras e oportunidades por causa da cultura moderna e autoritária dos canceladores. Pessoas ficam ofendidas facilmente por piadas que não foram direcionadas para ninguém, e nem mesmo têm o intuito de ofender. Não podemos criticar o mundo perfeito em que canceladores vivem ou quando há opiniões diferentes.
Devemos lutar contra o autoritarismo e o politicamente correto radical. Não podemos aceitar sermos calados por pessoas que se acham donas da razão mesmo sem argumentos coerentes e plausíveis. Qualquer tipo de tentativa de censura deve ser acabada pela sociedade, pois a liberdade de expressão é um direito natural do homem.

* Texto produzido na Oficina de Redação do Professor José Roberto Duarte