Problemas ocasionados pelo negacionismo da ciência
Por Ana Izabele Fernandes Vieira (Estudante)
No século XVII, o cientista Galileu Galilei foi condenado por heresia e à prisão em sua residência pelo fato de ter defendido o heliocentrismo. Dessa forma, observa-se que o negacionismo da ciência tem suas raízes em muitos séculos atrás. Nesse sentido, é necessário analisar as consequências preocupantes advindas do problema da negação, a qual é instigada pela falta de incentivos no meio científico e pelos conflitos de interesse.
Inicialmente, é importante destacar que o baixíssimo investimento em ciência torna-se um aliado do obscurantismo, visto que é responsável pelo retrocesso e pela morte de milhões de pessoas. Além disso, essa situação vai de encontro à Constituição Cidadã, uma vez que ela garante o incentivo à capacitação científica e à pesquisa acadêmica como maneira de assegurar saúde e segurança aos cidadãos.
Também, vale ressaltar que os conflitos de interesses são uma ameaça ao desenvolvimento da ciência e à credibilidade dos estudos, os quais são necessários para diminuir doenças e entender a dinâmica do mundo e dos indivíduos.
Nesse viés, o movimento antivacina é um exemplo de confusão gerada por um artigo publicado na revista Lancet (uma das mais importantes sobre saúde pública do mundo), no qual o médico britânico associou o aumento do número de crianças autistas com a vacina que protege contra sarampo, rubéola e caxumba. Entretanto, anos depois, descobriu-se que o médico, na verdade, recebia pagamentos em processos por danos vacinais.
Portanto, cabe ao governo investir mais em ciência, por meio da destinação de verbas governamentais ao meio científico e da capacitação científica, a fim de ampliar pesquisas e experimentos responsáveis pelos avanços na saúde e tecnologia. Outrossim, a escola e a mídia devem alertar para a importância da ciência na vida das pessoas, com aulas, feiras e propagandas, a fim de combater o negacionismo que tanto prejudica a sociedade.
*Texto produzido na Oficina de Redação do Professor José Roberto Duarte