Os impactos do novo coronavírus
Por Gustavo Sucupira (Estudante)
O novo coronavírus é uma doença pandêmica, ou seja, se espalha por diversas regiões do planeta. Nesse contexto, a obra “Um diário do ano da peste” de Daniel Defoe, um narrador-personagem relata a jornada de um homem que por vários motivos decide não abandonar Londres no início da epidemia. Através de histórias que ele presencia, deparamo-nos com pessoas trancadas em suas casas com familiares doentes, uivos de mulheres desesperadas nas janelas das casas com o povo infectado pela peste, causando o caos no isolamento.
De maneira análoga, no Brasil, muitos cidadãos não obedecem ao isolamento social por hesitar sobre a gravidade e o risco da doença, assim alastrando o contágio para pessoas saudáveis, como no livro de Daniel Defoe. Nesse caso, é mister pontuar o dever do governo em intensificar as fiscalizações e aplicações de multas, a fim de que a população fique isolada.
No filme “Contágio”, um grupo de pessoas luta para sobreviver em uma sociedade tomada por uma pandemia ocasionada por um vírus transmitido pelo ar, que é altamente contagioso e mata rapidamente. Beth Emhoff (Gwyneth Paltrow) é a primeira a ser infectada, logo após uma viagem de negócios para Hong Kong, foco do vírus. Seu marido Mitch (Matt Damon) também é rapidamente afetado. Outros do elenco atuam na equipe médica, dentre eles Laurence Fishburne e Kate Winslet. Em se tratando do cenário atual, o filme apresenta semelhanças com a doença do coronavírus, como na transmissão que se dá pelo ar e contato físico.
Os sintomas da doença são febre alta, tosse, coriza e a falta de ar. Não existe ainda uma vacina, nem um tratamento eficaz. Contudo, estão sendo criados aparelhos para amenizar os sintomas e consequentemente a gravidade da enfermidade, que também afeta os animais, pois há comprovações de um cachorro e uma tigresa que foram afetados, mas eles não transmitem aos seres humanos e vice-versa.
Os impactos financeiros estão ligados diretamente ao mercado global, empresas de alto, médio e pequeno porte, a bolsa de valores em oscilações. O FMI (Fundo Monetário Internacional) afirmou que a Covid-19 está levando a uma recessão mundial; microempreendedores estão em baixa, comércios e fábricas fecharam as portas como prevenção e países que têm sua base econômica do turismo estão em crise. Quanto ao lado social, países como Espanha, França e Alemanha tomaram iniciativas que mais tarde outros aderiram, como no caso da intervenção pública nas empresas de saúde privada; suspensão de contas de água, luz, aluguel e gás; na Itália multas aplicadas servem para amenizar a quebra nos investimentos.
Fica claro, portanto, que o Ministério da Saúde deve incentivar os indivíduos a ficarem isolados, realizando reuniões virtuais e trabalhos em casa, além de investir em programas como o “URZARBEIT” que beneficia tanto os empregados quanto os empregadores, ou seja, concilia o bem-estar da sociedade com os interesses do mercado. A medida faz com que as empresas fiquem proibidas de demitir no tempo da crise, mas possam reduzir a jornada de trabalho, com o governo subsidiando parte do salário do tempo não trabalhado. Outra medida é que o governo possa ampliar os canais de informação, com o propósito de que as pessoas obedeçam ao isolamento. Faz-se necessário que o povo exerça a empatia e a consciência acerca do coronavírus, evitando ao máximo aglomerações para ter eficácia no combate, contrariando a frase de Albert Camus no livro “A peste”: “A estupidez insiste sempre”. Assim, podemos evitar um maior desastre como o que ocorreu na obra de Daniel Defoe.
*Texto produzido na Oficina de Redação do Professor José Roberto Duarte