O que o cidadão comum pode fazer contra a corrupção?
Por Carlos Eduardo (Estudante)
A corrupção no Brasil cresce gradativamente, ao ponto de se tornar cultural, cotidiano. O ser humano sempre procurou levar vantagem em tudo, desde o ganho fácil até uma simples “ajuda indevida”. Ela pode ser definida como utilização do poder, autoridade ou por meio de propina para obter privilégios, tendo como exemplo o uso de dinheiro público para o seu próprio interesse, de um integrante da família ou amigo.
Estudos da Fundação Getúlio Vargas de 2009 estimam que a economia brasileira perde com a corrupção, todos os anos, de um a quatro por cento do Produto Interno Bruto, o equivalente a um valor de 30 bilhões de reais. Tal prática afeta diretamente o bem-estar dos cidadãos ao diminuir os investimentos públicos na saúde, na educação, em infraestrutura, segurança, entre outros direitos essenciais à vida, e fere a Constituição ao ampliar a - exclusão social e a desigualdade econômica. Geralmente, ela ocorre por meio de recursos dos orçamentos públicos da União que são desviados.
A Operação Lava Jato é a maior iniciativa de combate ao desvio e à lavagem de dinheiro da história do Brasil. Iniciada em março de 2014, perante a Justiça Federal em Curitiba, a investigação já apresentou resultados eficientes, com a prisão e a responsabilização de pessoas de grande expressividade política e econômica, e recuperação de valores recordes para os cofres públicos. O caso se expandiu e, hoje, além de desvios apurados em contratos com a Petrobras, avança em diversas frentes tanto em outros órgãos federais, quanto em contratos irregulares celebrados com governos estaduais.
A Operação Lava Jato é de grande importância para o combate à corrupção. Apesar de tudo, a população ainda pode auxiliar nessa luta, por meio de manifestações pacíficas contra governos corruptos. ONGs e a mídia ainda podem reforçar esse ideal de que a prática não é algo cultural, mas sim crime e deve ser combatida, só assim é possível assegurar um país mais tranquilo e seguro para se viver.
*Texto produzido na Oficina de Redação do Professor José Roberto Duarte