As consequências do descarte negligente do lixo eletrônico
Luma Araújo de Oliveira (Pré-universitária)
Atualmente, percebe-se o contínuo lançamentos de produtos tecnológicos, desde aparelhos domésticos a novas formas de entretenimento. Assim sendo, torna-se necessário o debate a respeito de como esses diversos eletrônicos estão sendo descartados, principalmente quando o sistema atual se utiliza de técnicas comerciais como a obsolescência programada, não dando importância ao meio ambiente que está sendo continuamente prejudicado.
Por tratar-se de lixo eletrônico, o fator que mais dificulta a sua reciclagem, é a diversidade de materiais utilizados em sua fabricação, muitos destes constituídos por substâncias químicas tóxicas, como o chumbo e o mercúrio. Quando descartados incorretamente, acabam por contaminar o solo e depósitos fluviais próximos, prejudicando a biota da região, além da possibilidade de ocorrerem queimadas.
Os danos contra a saúde humana também são consequências do descarte irregular desses resíduos. A acumulação de materiais pesados no organismo pode causar problemas respiratórios, nervosos e diversas outras doenças graves, como o câncer. O Brasil, além de ter sido apresentado pelas Nações Unidas como o sétimo país do mundo que mais produz lixo eletrônico, também lidera em mortalidade anual e incidência de diversos tipos de câncer; números que estariam interligados, como muitos especialistas afirmam.
Com base no que foi apresentado, faz-se necessária a tomada de medidas preventivas. O destino correto deveria ser o primeiro passo a ser incentivado à população, realizado por meio através da conscientização, feita pela própria família, escola ou governo, por meio de palestras educacionais, propagandas instrucionais etc. O próximo passo a ser seguido seria a reciclagem desses materiais, destinados posteriormente à remanufatura. Outra alternativa que tem sido muito apontada seria a “logística reversa”, cuja empresa fabricante do produto estaria responsabilizada a recebê-lo quando este se torna obsoleto, destinando-o corretamente ao reaproveitamento ou ao descarte.
Nota-se, assim, que teoricamente há uma diversidade de formas de se reverter essa situação, basta para muitos países, a iniciativa de sair da teoria e começar a usá-la na prática.
*Texto produzido na Oficina de Redação do Professor José Roberto Duarte