Desafios do saneamento básico no Brasil
Por Samyle Lobo (Estudante)
Mesmo que o saneamento básico seja um direito garantido pela Constituição Federal, ele não faz parte da realidade de quase metade dos brasileiros. Ainda há muita dificuldade em implantá-lo em grande parte do país, devido a fatores como a falta de investimento necessário por parte do Governo e a falta de adesão por parte da população.
Segundo o Instituto Trata Brasil, dados de 2017 mostram que 48% da população não possuem coleta de esgoto. Além disso, 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água tratada. Podemos ver inúmeras consequências da carência de saneamento, algumas delas são os esgotos a céu aberto, populares adquirindo doenças provenientes da água contaminada, e o lixo sendo descartado em locais inapropriados. Tais situações são decorrentes do fato de que o Brasil não investe o suficiente nesse setor. Em 2017, após três anos consecutivos de queda de investimento, apenas 10,9 milhões de reais foram destinados ao saneamento básico. E, de acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o país precisa investir 21 bilhões de reais para universalizar o quesito abordado até 2033.
O brasileiro está mais consciente da importância acerca do tema, mas poucas pessoas cobram a ação do poder público. Um levantamento, feito com 1088 pessoas de 22 cidades do país, revelou que 75% dos entrevistados não cobram o seu direito ao governo, e 13% disseram que não têm conhecimento do assunto, o que é preocupante, pois, com isso, eles não sabem dos riscos que correm, e nem dos benefícios que teriam, se houvesse saneamento na sua região, cidade, ou estado.
Em virtudes dos fatos mencionados, faz-se necessário que o Ministério das Cidades concretize os planos que se referem ao saneamento básico, e que o Brasil invista mais nessa causa. Também é relevante que a população procure tornar-se mais conhecedora do assunto e cobre às autoridades responsáveis os seus direitos de cidadãos.
Com o que foi proposto, será possível a melhora na saúde do povo, redução das doenças, e um ambiente mais bonito e limpo, visando, também, a paisagem.
*Texto produzido na Oficina de Redação do Professor José Roberto Duarte
