A saúde pública em questão no Brasil
Por Ana Izabele Fernandes (Estudante)
A Constituição de 1988 instaurou o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. A partir disso, a saúde passou a ser um direito de todos os brasileiros. Apesar de o SUS ser um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo e ter sido criado com o objetivo de oferecer serviços de qualidade gratuitamente, o subfinanciamento e a má gestão atrapalham o cumprimento da lei constitucional.
Em primeiro plano, é necessário destacar que os baixos investimentos governamentais são responsáveis pelos maiores problemas do sistema. De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), 64% dos hospitais públicos estão sempre superlotados. Com isso, torna-se evidente que a superlotação e a deficiência no atendimento são frutos da estrutura precária e da falta de cuidados básicos para a prevenção de doenças.
Em segundo plano, vale ressaltar a má gestão da saúde pública. Embora desde 1808 - com a chegada da Família Real ao Brasil - venham acontecendo avanços na ciência pela criação da primeira Faculdade de Medicina e início de pesquisas científicas, a falta de informações e o mau gerenciamento são impasses a serem vencidos. Tendo em vista que 75% dos cidadãos dependem do SUS, segundo o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, há a necessidade de orientar essas pessoas sobre o funcionamento dos atendimentos e tratamentos.
Portanto, é necessário resolver os impasses apresentados. Desse modo, urge que o Governo destine mais recursos para o Ministério da Saúde, para que melhore a estrutura dos aparelhos públicos de saúde, por meio de um melhor gerenciamento dos recursos. Além disso, o envio de médicos e equipamentos para o interior dos estados auxilia a solucionar os problemas. Assim, será possível garantir saúde gratuita de qualidade a todos os brasileiros como manda a Constituição.
*Texto produzido na Oficina de Redação do Professor José Roberto Duarte