Doação de órgãos no Brasil: um ato de solidariedade

Por Ana Vitória (estudante)

Por Ana Vitória (estudante)

O Brasil é o 2° país do mundo que mais realiza transplantes de órgãos, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo a CNN Brasil. Diante dessa afirmação, pode-se acreditar que não existem tantos problemas em relação a esse assunto, porém a realidade é bem diferente. A falta de solidariedade dos cidadãos tem sido intensa, pois a lista de pessoas que precisam de doação aumenta cada vez mais, enquanto os doadores estão sumindo.
Diante desse cenário, comparando os dados do Ministério da Saúde que diz terem sido feitos cerca de 23,5 mil procedimentos em 2021 com os da CNN Brasil, que afirma mais de 59 mil pessoas na lista de espera por um órgão, percebe-se que o número de pacientes necessitados é radicalmente maior do que o registro de doações em si. Assim, é notória a tamanha falta de sensibilidade dos cidadãos que escolhem simplesmente não doar e ver uma vida morrer.
Além disso, há a lei que permite a autorização de um transplante apenas por membros da família, ou seja, apesar de várias pessoas se disponibilizarem para doação, os parentes são quem decidem. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 45% das famílias recusaram doações de órgãos em 2022, expondo mais uma vez a falta de solidariedade para com a vida e a humanidade.
Sendo assim, o poder legislativo deve rever e corrigir a lei que autoriza apenas a família para decidir a doação dos órgãos do indivíduo - a fim de buscar uma solução para cada situação. Ademais, o Ministério da Saúde deve promover campanhas de conscientização, por meio das redes e mídias sociais, para que mais pessoas se ponham no lugar das outras e se disponham a salvar vidas, com seus órgãos e os de suas famílias.
* Texto produzido na Oficina de Redação do Professor José Roberto Duarte