O corpo do pistoleiro foi encontrado com vários perfurações na cabeça, por trás da cadeia pública do Município, na rua Samambaia
O pistoleiro Idelfonso Maia Cunha, o Mainha, foi encontrado morto no início da tarde desta terça-feira, 4, no município de Maranguape, Região Metropolitana de Fortaleza. Dados preliminares dão conta de que a vítima foi executada por volta das 13h.
Segundo informações da Delegacia Metropolitana de Maranguape, o corpo do pistoleiro foi encontrado com vários perfurações na cabeça, por trás da cadeia pública do Município, na rua Samambaia. Testemunhas informaram à Polícia que os tiros foram disparados de dentro de um veículo preto. O crime teria sido praticado por dois homens.
O momento da execução
Mainha teria sido alvejado enquanto andava a cavalo. Ele teria uma vacaria na cidade. No momento do crime, o pistoleiro calçava botas, calça jeans e camisa azul, de botão. De acordo com a perícia, ele não portava arma.
A notícia correu a cidade de Maranguape. O corpo ainda não foi removido do local e atraiu a atenção de moradores da região.
"Justiceiro"
Mainha é um dos mais conhecidos pistoleiros do País. Ele teria matado centenas de pessoas em vários estados do Nordeste, e cumpria pena em regime semiaberto. Em 1994, durante rebelião no Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS), ganhou destaque ao conseguir resgatar e salvar a vida de Dom Aloísio Lorscheider, que havia sido feito refém por outros detentos.
"Mainha não se dizia pistoleiro", narra o professor Ricardo Arruda, do Laboratório de Estudos da Violência da Universidade Federal do Ceará (UFC), que entrevistou Mainha e mais de 100 pistoleiros, de várias regiões do Ceará. Na boca do criminoso, as palavras as quais se identificava eram justiceiro, vingador. "Ele dizia: 'Só matei por questão de família ou para defender um amigo, um parente. Para fazer justiça'".
Redação O POVO Online