Acorda, Iguatu

PB: Assentados vencem praga do bicudo
Na última sexta-feira (25), 12 pesquisadores africanos foram conhecer de perto a experiência desenvolvida por agricultoras do agreste paraibano de  combate à praga do Bicudo, no assentamento Margarida Maria Alves, em Juarez Távora (PB).
O assentamento, localizado a 88 km de João Pessoa, está conseguindo controlar, sem uso de agrotóxico,  a praga que afeta a produção de algodão. Segundo os assentados, a única ação que eles implementaram para vencer o bicudo foi modificar o período de plantação do algodão. Com o acompanhamento da Embrapa Algodão, as famílias passaram a plantar entre o dia 20 de maio e o dia 20 de junho. Nesse período, o sol forte afasta o bicudo da plantação, justamente no período da floração. Antes, os agricultores plantavam algodão juntamente com as culturas de milho e feijão, no mês de março, que é um período invernoso. O bicudo não tocava nas outras culturas, mas destruía as plantações de algodão.
Com essa nova metodologia, a presidente da Associação dos Agricultores, que faz questão de ser identificada como Dona Preta, disse que para o ano de 2009 as expectativas são boas. Em 2008, primeiro ano de experiência dessa convivência com o bicudo, as famílias registram produtividade de até duas toneladas de algodão por hectare. Este ano, a experiência está sendo realizada em 31 hectares, sem o uso de nenhum tipo de agrotóxico.
O 12 pesquisadores africanos que visitaram o assentamento são oriundos do Mali, Burkina Faso, Chade e Benin, os quatro países maiores produtores de algodão do continente. Eles ficaram a semana passada inteira na Paraíba, numa visita de intercâmbio técnico-científico, sob patrocínio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC).

Uma excelente notícia para Iguatu, que um dia foi a 'Terra do Algodão'.