Ridículo. Infame. Desrespeitoso. Cafona. Rasteiro. Subserviente. Ignorante. A que ponto chegamos? Quando se imagina que o pior não pode acontecer, eis que a ausência do bom-senso mostra sua face mais nefasta. Quem teve a ideia asinina de modificar o símbolo idealizado pelo talentoso arquiteto e urbanista iguatuense Wilson Maia que traz à tona a memória do agricultor no cultivo do algodão, o nosso “ouro branco” que tanta riqueza gerou a Iguatu e região? Os logradouros públicos são marcas da cultura, da história, da memória de um povo. Mudá-los só se for por uma causa nobre, justificada pelo diálogo com a população a fim de avaliar os impactos para as novas gerações para que não percam a sua identidade e a do lugar onde habitam.
Vandalismo desafinado
O ato desmedido e insano além de ferir a memória e o obelisco, provoca o Ministério Público a tomar atitude, visto que o aberrante letreiro ali afixado remete a slogan da administração municipal, totalmente desproporcional ao desempenho até aqui apresentado, o que invalida o tal do “novo tempo” que assume caráter pejorativo. Sem falar na agressão ao contexto em que foi inserida a figura do agricultor na praça que homenageia um dos maiores maestros de todo o mundo, o iguatuense Eleazar de Carvalho. Sinceramente, quem idealizou a mudança e a executou, desafinou solenemente. Pode ter a certeza de que será lembrado pela história no anedotário como mais um daqueles casos jocosos que fazem as futuras gerações duvidar de que realmente aconteceu, por ser algo tão absurdo.