O episódio envolvendo o ex-governador do Ceará, Cid Gomes, na sua ida ao Congresso Nacional, convocado para dar explicações sobre declaração dele de que ali existem de 300 a 400 parlamentares achacadores, que sugam o governo e tal, entrou nos anais da história política brasileira como um espetáculo misto de insanidade e de prepotência. Não só do ex-ministro da Educação mas também de muitos congressistas ali presentes. As discussões, carregadas de ódio e de revanche, dividem opiniões. Muitos apoiaram Cid, dizendo que ele foi corajoso e apenas deu voz a várias pessoas que pensam como ele, mas não têm oportunidade de ser ouvido à luz de holofotes e câmeras. Outros consideram o ato de Cid como desrespeitoso e inoportuno, uma vez que sua postura agressiva e as caras e bocas que fazia na sessão davam clara demonstração de desprezo e de desconforto pela situação enfrentada. O tempo dirá quem tem razão. O certo é que Cid ainda se desvinculou do cargo de governador. Ou seja, ainda pensa como chefe do poder executivo. Talvez agora entenda que seu papel atual é de coadjuvante.