PSOL repudia torturas em Iguatu
Músico defende pluralidade de ritmos
Durante a semana, muitos fatos surgiram no caso das torturas, dando mostras de que vivemos uma nova postura nas relações com a impunidade. O programa Mais Debates dá continuidade ao tema, entrevistando Francilene Cândido da comissão provisória do PSOL.
Em nota a imprensa, a Executiva Estadual do PSOL - Ceará repudia a prática política coronelística remanescente de séculos passados que ainda faz parte da estratégia de tentar silenciar, intimidar e amedrontar os que de fato se preocupam com a vida, com a política e com a busca do bem comum. Em entrevista ao programa Mais Debates, apresentado por Silvani Soares e o professor José Roberto, a presidente da Comissão Provisória do PSOL, Francilene Cândido falou do caso. “Não quero nesse espaço, conduzir-me pela busca de culpados, condenar ou julgar, mas reforçar o apelo da sociedade que clama por justiça”. Ela solidarizou-se com as mães que estão sofrendo pela dor dos seus filhos, e pelos jovens que passaram os momentos de humilhação e de medo. “Estamos há um mês do ocorrido, e ninguém pode esquecer, deixar de se indignar e de acreditar que os culpados serão punidos dentro da lei. Este é o sentimento de toda a sociedade, onde o crime de tortura deve ser abominado pois é uma agressão aos Direitos Humanos e tido com uma das mais odiosas práticas de degradação humana inaceitáveis nos dias atuais”.
Ela ainda ressaltou que não se tratava de oportunismo eleitoreiro, como algumas pessoas ainda julgam quando da manifestação dos partidos nestes casos. “Falo pelo nosso partido, e isso faz parte da linha do PSOL, onde somos contra tirar proveito politicamente. Como ser político, podemos contribuir e por isso assumimos nossa posição desde o momento em que o fato foi exposto para a sociedade”.
A produção do programa entrou em contato com o vereador João Alfredo (PSOL) da Câmara Municipal de Fortaleza, no entanto não foi possível transmitir sua opinião por telefone durante o programa, face a problemas técnicos. Alfredo que é membro da comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Fortaleza, conversando com o apresentador, reforçou a posição do partido que condena os atos recentes de torturas praticados em Iguatu.
No final, o repórter informou que surgiu um novo apelo através do Manifesto assinado por entidades representativas do município que cobra punições a todos os envolvidos no caso de agressão a jovens que distribuíam panfletos contra o prefeito Agenor Neto (PMDB). O inquérito policial aponta o pai do prefeito, o deputado licenciado José Ilo Dantas, como o suposto mandante.
Músico defende disseminação de novos ritmos
O músico Luciano Vieira, integrante do Grupo MP3, durante entrevista, apresentou projeto que defende a diversidade de ritmos e estilos em nossa cultura. “É uma proposta mais abrangente onde pretendemos levar às escolas, aos bairros, distritos e municípios da região proporcionando lazer, preservando os principais aspectos culturais da sociedade”.
Ressaltou que a proposta não tenciona discriminar outros estilos, principalmente o forró que é predominante em nosso meio. “Vejo como retrocesso cultural abrir mão da pluralidade musical”. Lembrou do ‘Férias no Ceará’, do Governo do Estado, desenvolvido pela Secretaria de Cultura, que proporcionou a apresentação de outros estilos através do RAPPA e NXZero. “Foi um exemplo diante do que o público está acostumado a curtir”. Outro fato comentado é a falta dos festivais, que foi citado pelo Dr. Eduardo Gondim por telefone. “É por isso que pensamos desenvolver o nosso projeto com a inclusão de novos ritmos (MPB, Axé, românticas, anos 80, jovem guarda) e de forma igualitária, o que não acontece no momento tanto na mídia como por parte dos órgãos públicos”.
Além de intérprete, Luciano é autor de várias músicas e acha que é importante dar oportunidade para que “os nossos valores possam ser melhor aproveitados e que nos grandes eventos, os nossos artistas possam também ocupar estes espaços”. Concluiu.