Mais Debates - Idosos e Pirataria

Programa apresentado por Silvani Soares e José Roberto Duarte recebeu neste sábado diretores da Associação dos Idosos Santa Edvirges e o proprietário da vídeo locadora 7ª ART, Bruno de Oliveira. Em pauta, a situação do idoso e a pirataria no comércio de CD e DVD em nossa cidade.

Idosos em busca de conquistas
Apesar do apesar do avanço com o Estatuto do Idoso, algumas conquistas dependem da organização dos idosos em suas associações. Durante o programa, recebemos o presidente da Associação dos Idosos Santa Edvirges, o senhor Raimundo Alves (Mundeza) acompanhado da secretária Maria Nilza e do vice-presidente Francisco Martins. Eles relataram a situação da entidade e as perspectivas para 2010.
O presidente falou que está empenhado em incluir a entidade no cadastro da Previdência Social e órgãos do município, para que possa usufruir dos benefícios que o município dispõe. Disse que há diferenças no tratamento, “mas estamos sempre à porta destes órgãos”. Mundeza afirmou que a associação é composta por 150 integrantes, e muitos necessitam de apoio para levarem à frente um projeto de inclusão. Ele citou o caso do passe livre junto às empresas de ônibus, da Farmácia Popular, dos empréstimos bancários e do atendimento da saúde em nosso município. O conselheiro Uberlândio Arrais acrescentou que já contamos com o Conselho Municipal do Idoso “e muitas das nossas reivindicações estão sendo encaminhadas, uma vez que existem oito associações em nosso município vinculadas ao conselho e nosso objetivo é somar esforços para que nossos idosos possam ser melhor assistidos”. Ele enfatizou que na comunidade de Barreira dos Pinheiros, o grupo da terceira idade já apresenta importante avanço com o trabalho realizado, “pois atua junto à associação de moradores, o que facilita na organização. O mesmo deve ocorrer com outras entidades, pois facilita a nossa atuação na hora de reivindicarmos direitos tanto a nível de União, Estado e do Município”.
Uberlândio finalizou convidando moradores da localidade para participarem das eleições que acontecerão este mês naquela comunidade.

Pirataria é Crime?
Muitas vezes, ao tratarmos de questões relacionadas com o combate à pirataria e ilegalidade, identificamos no interlocutor (governo e mídia) uma visão restrita de que este tema é de interesse comercial, envolvendo a concorrência desleal, com perdas diretas para as empresas ou setores empresarias. “Eu vejo como crime a pirataria. Em nossa cidade, a realidade é complexa”, disse o entrevistado Bruno de Oliveira, proprietário de locadora, 7ª ART, que apresentando notas de filmes recém-lançados, a custos que chegam a cem reais, para serem alugados por R$ 3,50 iniciou o tema. Bruno mostrou sua preocupação e indignação quando não temos a quem recorrer para que a situação mude. “Denunciar não resolve, falta união da classe e a pirataria vai continuar solta, quando dispomos da ferramenta principal, uma lei que foi criada pelo iguatuense Humberto Teixeira, que regula os direitos autorais.”
Silvani citou que os prejuízos são enormes e o país deixa de arrecadar bilhões em impostos e de gerar milhares de empregos. Por aí já se sabe que é bastante complicado. “Estamos conversando sobre um setor, no caso, o de bens culturais em que temos despesas para funcionamento. Imaginem se aprofundarmos em outras atividades, como feiras livres, onde o consumidor em busca de preços menores colabora para esta prática”, comentou Silvani.
Bruno concordou. “Em nossa atividade, até alertamos para que o consumidor nos ajude, detectando esta prática, pois o barato sai caro”. Ele disse que já perdeu clientes que reproduziram o filme alugado. “Imagine como está o nível de concorrência”, comentou.
Um assunto do momento é o cinema, como não temos em nossa cidade, e na opinião dele, não teríamos prejuízos, “pois o cinema não concorre com as locadoras, uma vez que é muito diferente alugar um DVD e assistir no cinema. A nossa preocupação com a pirataria vai continuar até que possamos encontrar uma solução”, finalizou.