Mais Debates - Aterro Sanitário e Umesi

Por Silvani Soares

Coordenadora  do Fórum do Semiárido expõe dados do aterro sanitário
A coordenadora do Fórum Micro Regional pela Vida no Semiárido, Maria de Jesus, esteve no programa Mais Debates apresentado por Silvani Soares e o professor José Roberto e expôs dados do aterro sanitário.
As denúncias começaram em fevereiro deste ano, quando foram apresentados durante o programa Mais Debates no dia 28/02, as irregularidades no projeto do aterro sanitário. Ela esclareceu que a Comissão da Pastoral da Terra da Diocese de Iguatu sempre esteve à frente dos movimentos contestando a prática de injustiça em nossa comunidade. Maria de Jesus discordou do vereador Aderilo, que, segundo ela, em audiência na Câmara, generalizou como oposição a Igreja Católica diante dos atuais acontecimentos.
Maria de Jesus ressaltou a atuação da Pastoral da Diocese nos movimentos sociais e citou como exemplo a luta para que as pessoas tivessem indenização justa nas terras que foram construídas no açude Trussu. Ela fez um relato histórico da entidade em prol daquelas famílias e tantos outros movimentos em defesa dos mais carentes no Estado. Com relação ao aterro sanitário, que ganhou dimensão na imprensa do Estado esta semana, ela recorda que “só confirma a nossa luta quando acionamos o Ministério Público para que procedesse investigações no projeto inicial. Não somos contra a construção do aterro sanitário, mas defendemos dentro de um local viável. É preciso esclarecer que a escolha do terreno foi realizada pela atual gestão, ao contrário do que o prefeito afirmou durante entrevista coletiva”, ressaltou Maria de Jesus.
“Apontamos como solução um projeto consorciado entre os municípios de Acopiara, Iguatu e Quixelô, pois dos terrenos em disponibilidade, o menos viável foi este localizado no sítio Julião, pelos motivos já expostos no relatório do IBAMA e, SEMACE. Os que acompanharam a nossa luta tiveram a compreensão de que a obra trará prejuízos para futuras gerações, face ao comprometimento do lençol freático e uma agressão ao meio ambiente”, disse.
Com base no documento, ela explicou o fato: “A principal contestação está no Parecer Técnico da SEMACE /03701- 2006, cujos dados não condizem com a área do aterro. Vamos entender o caso: Nível do Lençol Freático; Para elaboração do projeto foram realizados seis furos de sondagens distribuídos estrategicamente na Área do Aterro Sanitário com profundidade de ate 11,0m, sendo que não foi encontrado o nível do lençol freático; Permeabilidade do Solo: Conforme ensaios de absorção realizados na área do aterro (NBR 7229-1993) a capacidade média de absorção  do solo foi de 60,0 lm2 ao dia o que resultou em um índice de permeabilidade de (7,10cm5/s,) inferior a  (5x10cm5s) recomendados pelas normas NBR 13896 (ABNT-1997b). Ela fez questão de  reafirmar que não são contra as obras, mas que a sociedade precisa ser bem informada da sua execução, para que no futuro ninguém seja prejudicado.

Presidente da UMESI faz balanço
Laelton Alencar esteve no programa e fez um balanço da atividade da UMESI e perspectivas para o próximo ano. Ele disse que está otimista com o movimento estudantil no próximo ano e está organizando com a sua diretoria um projeto em que possam ser realizados debates junto à sociedade dos principais problemas da juventude em nosso município. “Precisamos também investir na formação dos jovens. Pretendo lançar o blog onde possa apresentar as ações, prestação de contas e outros assuntos ligados à entidade”, disse.
“Termino o ano com saldo positivo junto aos fornecedores. A emissão das carteiras tem sido a principal fonte de renda e que ela deve ser usada como identificação, fazendo valer o direito junto aos eventos, pois está assegurado através de lei no município”, decalrou.
Indagado sobre a atuação dos estudantes em Brasília, disse que discorda em alguns pontos e considera como “político” “se considerarmos que outros movimentos passaram despercebidos, o que constata em ato político”.
Disse ainda que pretende criar um fundo de apoio aos grêmios para que o movimento estudantil no próximo ano saia também fortalecido.