Por Silvani Soares
Saúde não tem preço
A presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira (3), no Palácio do Planalto, a distribuição de medicamentos gratuitos para hipertensão (pressão alta) e diabetes. Os remédios estarão disponíveis na rede credenciada pelo programa Aqui Tem Farmácia Popular, do governo federal. Na ocasião, Padilha assinou portaria regulamentando a oferta gratuita desses remédios. As 15 mil farmácias e drogarias privadas conveniadas ao programa têm até o dia 14 de fevereiro para se adaptar à medida. Qualquer brasileiro pode ter acesso aos medicamentos desde que apresente um documento com foto, o CPF e a receita médica. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 900 mil hipertensos e diabéticos devem ser beneficiados com a medida.
Reforma política?
Os líderes dos partidos no Congresso são céticos quanto à aprovação de uma reforma política. Eles a consideram necessária, mas avaliam que ela só sai do papel se o Executivo entrar em campo apostando numa proposta. Hoje apenas uma proposta, a do financiamento público das campanhas, teria condições de ser aprovada. O debate não é novo e os mais incrédulos, no entanto, não se entusiasmaram, dizendo que o problema é construir maioria em torno de um projeto. O corporativismo ainda domina a classe.
Antes tarde que nunca
Personagem "escondido" e criticado durante a campanha eleitoral do ano passado, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se tornou a estrela do programa do PSDB na TV levado ao ar na noite de quinta-feira, onde pede uma "chacoalhada" em seu próprio partido que, segundo ele, precisa se aproximar do povo e ter menos "pompa".Também defende a maior participação de mulheres no partido, para que "o PSDB deixe de ser um partido só de homens". FHC em tom de desabafo, se diz pessoalmente decepcionado com Lula, devido à "complacência com a corrupção" e as "alianças com setores muito atrasados".
Desaceleração do comércio
O movimento no comércio varejista de todo o país aumentou 9,8% em janeiro, na comparação com janeiro de 2010, impulsionado, principalmente, pela procura de itens da construção civil cujas vendas cresceram, em média, 15% na mesma base de comparação. Os dados são da pesquisa Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio. Além dos materiais de construção, houve aumento nas vendas de móveis, eletroeletrônicos e informática (10,4%), seguido pelo setor de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (6%); combustíveis e lubrificantes (4,7%) e estabilidade na comercialização de veículos, motos e peças.
Salário Mínimo
O valor do salário mínimo é uma das principais matérias na agenda da Câmara dos Deputados e do Senado Federal neste início de ano. Com a Medida Provisória 516/10, assinada no fim do ano passado, o governo fixou em R$ 540 o piso nacional de salários, mas as centrais sindicais insistem em R$ 580 e, nas negociações, o governo admitiu chegar a R$ 545. Os entendimentos prosseguem e um novo valor pode ser incluído na MP – que então se tornará projeto de lei de conversão – na Câmara ou no Senado. Vários parlamentares têm apoiado a reivindicação das centrais sindicais, mas há dificuldades práticas: cada real de aumento significaria acréscimo superior a R$ 280 milhões nas despesas orçamentárias, conforme cálculo do governo. Nesta sexta-feira (4), as centrais sindicais se reúnem, em São Paulo, com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Está prevista a participação também dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Trabalho, Carlos Lupi.
Consumo de energia em alta
Depois de fechar 2010 com um crescimento médio mensal de 8,3% – a maior carga já demandada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) – o consumo de energia elétrica no país continua em alta. Segundo dados preliminares do Boletim de Carga Mensal, divulgado nesta quinta-feira (3) pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os valores preliminares de carga de energia demandada ao SIN, em janeiro deste ano, indicam uma variação positiva de 4,8% em relação aos valores do mesmo mês do ano anterior. Foram demandados ao SIN em janeiro, em média, 58,376 mil megawatts (MW). Ainda segundo o boletim, com relação ao mês de dezembro de 2010, o crescimento foi de 0,9%; com o acumulado dos últimos doze meses registrando variação positiva de 7,8% em relação ao mesmo período anterior.
Defeitos e cobranças indevidas lideram reclamações
A falta de reparo nas linhas telefônicas defeituosas foi o que mais motivou reclamações de usuários da telefonia fixa à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em dezembro do ano passado. Na relação das queixas recebidas pela agência em dezembro, das 41,3 mil reclamações, 12,4 mil se referiam a linhas com defeito e 10,7 mil a cobranças indevidas. Na telefonia celular e na TV por assinatura, problemas com a conta continuam motivando a maior parte das reclamações à Anatel. Das 68,5 mil queixas relacionadas à telefonia celular, 28,2 mil foram por causa de problemas com a cobrança e 5,9 mil por questões relacionadas a serviços adicionais. Na TV por assinatura, chegaram à Anatel 7 mil reclamações em dezembro, sendo 2,6 mil relacionadas a problemas com a fatura e mil por consertos malfeitos ou não executados.
Iguatu Festeiro
O prefeito não pode ser culpado pelo superfaturamento dos eventos realizados no município e que pode tirar do circuito o Iguatu Festeiro. Poderia ter evitado o vexame se tivesse prestado esclarecimentos satisfatórios na época em que surgiram as denuncias. Como abafou e protegeu os principais suspeitos, as justificativas apresentadas parecem que não convencem. Também não é correto culpar a oposição, está cumprindo o papel. @ E com relação aos professores da APAE, pela conversa que tive com um funcionário da instituição, ele garante que há certo exagero nas criticas, e que não trarão prejuízos, pois a prefeitura tem mantido o apoio institucional a mesma.
Poucos leitores
Dados sobre a leitura em nosso país são escassos e inconsistentes, mas Galeno Amorim, novo presidente da Biblioteca Nacional, diz que os brasileiros leem 4,7 livros por habitante. O que é bem melhor do que o número apontado pelo Instituto Pró-Livro. Sem conhecer o retrato fiel da leitura de livros no Brasil, temos que recorrer a outra mídia para saber mais. Em um país de quase 200 milhões de pessoas, a circulação média de jornais por dia não atinge 5 milhões de exemplares. Mais precisamente: 4.314.425 exemplares. O resultado é de 2010 e representa um acréscimo de 2% na circulação total de jornais em comparação com o ano anterior. Os dados são do IVC (Instituto Verificador de Circulação).